Comunidade Santa Edwiges

Arquidiocese de Fortaleza


"Av: Major Assis; Bairro: Vila Velha 4; Fortaleza-ce;
Área pastoral São Francisco de Assis"

formação para os coroinhas

Liturgia e Celebrações Litúrgicas

O que é liturgia? Liturgia é, antes de tudo, AÇÃO. Ação supõe movimento. A liturgia se expressa mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a liturgia é feita de sinais sensíveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição).
    Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ação do povo. A Igreja passou a aplicar este termo para indicar ação do povo reunido para expressar sua fé em Deus, nada mais é a relação do povo com Deus.

O que é celebrar?

    O ato de celebrar implica alguns elementos importantes:
Celebrar é um ato público
Celebrar supõe que haja momentos especiais
Celebrar requer motivação
Celebrar depende de ritos
Celebrar supõe espaço
Celebrar requer tempo

Por isto meu caro coroinha é importante que você sirva com muito carinho e amor a liturgia, porque se você não tiver um ato de celebrar coerente, com certeza a liturgia não acontece. Então é super necessário que você tenha esses elementos importantes para servir o altar do Senhor, utilizando de forma certa e no tempo certo.

Celebrações Litúrgicas

O que são celebrações litúrgicas? São encontros de Deus com seu povo reunido. Esses encontros se realizam mediante algumas condições que chamamos elementos constitutivos da celebração litúrgica.
Os principais elementos que constituem uma celebração litúrgica são os seguintes:

Assembléia: são pessoas batizadas que se reúnem para celebrar.
Ministros: ministros ordenados (bispos, padres, diáconos) e os ministros instituídos (leitores e acólitos). Há também os ministros extraordinários para distribuição da eucaristia, ministro da palavra, ministro do batismo... E ministros para os vários serviços da celebração litúrgica.
Proclamação da Palavra de Deus.
Palavra da Igreja: explicação da palavra proclamada, homilia e orações.
Ações simbólicas: ritos e símbolos mediante os quais os fiéis entram em comunhão com Deus.
Canto: indispensável na celebração, o canto expressa a harmonia dos cristãos, unidos pela mesma fé.
Espaço: local da celebração, mas significa também ocasião para se reforçar os laços da fraternidade; momento da organização e luta por melhores condições de vida, e ambiente da festa humana.
Tempo: é a sucessão das horas do dia e da noite, mas é também o instante de graça de Deus; são momentos em que Deus, desde toda a eternidade, vai realizando seu plano de salvação na história humana.

E assim se forma todo ato litúrgico, por isto exige dedicação e espiritualidade.
Símbolo e gestos simbólicos

Um dos símbolos: O crucifixo é um grande símbolo, porque todo cristão deve conhecer no crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que nos redimiu do pecado e nos salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou outro material, simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com respeito o crucifixo.
Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função do símbolo, isto é, nos transportam para outra dimensão, outra realidade, que porém tem relação com o gesto simbólico. Por exemplo, no inicio e no fim da missa o padre traça sobre si o sinal-da-cruz, enquanto diz as palavras “Em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo”. É um gesto simbólico, que nos remete à Santíssima Trindade a quem invocamos nesses momentos.
Esses símbolos e gestos são importantíssimos em um ato litúrgico e na nossa vida na fé!
Vou deixa bem claro que podemos escolher os símbolos para as celebrações, mas não devemos fazer deles como se fossem brinquedos, porque, à medida que não colocamos em prática de forma certa, empobrecemos seus significados e encurtamos o seu alcance. Os símbolos fazem parte da nossa vida quando praticamos a nossa fé conforme sua compreensão, sua história de vida, sua situação no momento atual.
Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para atingir os objetos desejados pela equipe da liturgia. Por isso, numa mesma celebração litúrgica, não se devem acumular símbolos. Símbolos amontoados são símbolos desperdiçados.

Posturas, movimentos e gestos

Nas celebrações litúrgicas, as diversas posturas ou atitudes são expressões corporais simbólicas que expressam uma relação com Deus.
Apresento as principais posturas:

Estar em pé: é a posição do Cristo Ressuscitado, onde obedecemos e estamos preparados para levar o exemplo de Jesus Cristo.
Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete.
Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda, confiante.
Genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa adoração, pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário. Atenção coroinhas: Não fazemos genuflexão nem inclinação profunda àqueles que transportam os objetos que se usam nas celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos evangelhos.  Não fazemos genuflexão para imagens.
Prostrar-se: significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e também de súplica. Usamos na sexta-feira santa, no inicio da celebração da paixão.
Reverência: sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se inclinação diante da cruz, no inicio e no fim da celebração; ao receber a benção; quando, durante o ato litúrgico, há necessidade de passar diante do tabernáculo; antes e depois da incensação, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.
Erguer as mãos: é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. Usadas no pai-nosso e cantos de louvor.
Colocar a mão no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na oração Confesso a Deus todo-poderoso...
Silêncio: é atitude indispensável nas celebrações litúrgicas.

Espaço da celebração
Presbitério: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se realizam os ritos sagrados.
Altar: mesa fixa ou móvel destinada à celebração eucarística.
Ambão ou mesa da palavra: estante de onde se proclama a palavra de Deus.
Credência: mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.
Púlpito: nas igrejas mais antigas, lugar de onde o sacerdote dirige a pregação.
Sacrário ou tabernáculo:
espécie de pequena urna onde se guarda o Santíssimo Sacramento.
Batistério: lugar reservado para a celebração do batismo. Em substituição ao verdadeiro batistério, usa se a pia batismal.
Sacristia: sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos destinados às celebrações; é também o lugar onde os ministros se para­mentam.
Nave da igreja: espaço reservado aos fiéis.

Vestes litúrgicas ou paramentos

Alva ou túnica: veste longa, de cor branca, comum aos ministros de qualquer grau.
Amito: pano que o padre coloca ao redor do pes­coço antes de revestir outros paramentos (pouco usado).
Casula: veste própria do sacerdote que preside a celebração. Espécie de manto que se veste sobre a alva e a estola. A casula acompanha a cor litúrgica do dia.
Capa pluvial: capa longa que o sacerdote usa ao dar a bênção com o Santíssimo, ou ao conduzi-Io nas procissões, e ao aspergir a assembléia.
Cíngulo: cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura.
Dalmática: veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.
Estola: veste litúrgica dos ministros ordenados.
O bispo e o presbítero a colocam sobre os ombros de modo que caia pela frente em forma de duas tiras, acompanhando o comprimento da alva ou túnica Os diáconos usam a estola a tiracolo sobre o ombro es­querdo, pendendo-a do lado direito.
Véu do cálice: pano quadrado com o qual se cobre o cálice (quase não se usa mais).
Véu umeral (ou véu de ombros): manto retangu­lar que o sacerdote usa sobre os ombros, ao dar a bên­ção com o Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.
As insígnias do bispo
Mitra: uma espécie de chapéu alto com duas pon­tas na parte superior e duas tiras da mesma tela que caem sobre os ombros.
Báculo: cajado que o bispo utiliza para as celebra­ções. Simboliza que o bispo é pastor.
Solidéu: peça de tela de forma arredondada e côn­cava que cobre a coroa da cabeça.
Anel: simboliza união do bispo com os fiéis de sua diocese e, de maneira mais abrangente, a união do bis­po com toda a Igreja.
Cruz peitoral: cruz que os bispos levam sobre o peito.

Cores Litúrgicas

A respeito das cores litúrgicas, seguimos as orien­tações do Missal Romano (cr. Instrução Geral sobre o Missal Romano, números 308-310).

O BRANCO simboliza a vitória, a paz, a alegria.
É usado nos ofícios e missas do tempo pascal e do Na­tal; nas festas e memórias do Senhor, exceto as da Paixão; nas festas e memória da Bem-aventurada Vir­gem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não márti­res, na festa de Todos os Santos, são João Batista, são João Evangelista, Cátedra de são Pedro e Conversão de são Paulo.
O VERMELHO simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no domingo da Paixão (= domingo de Ramos) e na Sexta-feira santa; no domin­go de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Se­nhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos mártires.
O VERDE é a cor da esperança. É usado nos ofí­cios e missas do tempo comum.
O ROXO simboliza a penitência. É usado no tem­po do advento e na quaresma. Pode também ser usado nos ofícios e missas pelos mortos.
O PRETO é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos.
O ROSA simboliza a alegria. Pode ser usado no III domingo do advento e no IV domingo da quaresma.

Objetos destinados às celebrações litúrgicas

Os objetos litúrgicos são de grande importância, porque são através delas que o coroinha utiliza em um ato litúrgico, por isto exige responsabilidade e acima de tudo cuidado e postura.
    Objetos litúrgicos: não são apenas coisas concretas, são sinais, por isso transmitem mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas, o formato e o acabamento das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer para uma proveitosa celebração do memorial da páscoa de Cristo.

Aqui estão os utensílios litúrgicos: (temos momentos certos para utilizá-los, por isto é importante a atenção, principalmente do coroinha).

Âmbula, cibório ou píxide: Recipiente para a conservação e distribuição das hóstias aos fiéis.
Aspersório: Instrumento com que se joga água benta sobre o povo ou objetos.
Caldeirinha: vasilha onde se coloca água benta para aspersão do povo.
Cálice: recipiente no qual se consagra o vinho durante a missa.
Castiçal: Utensílio que serve de suporte para uma vela.
Corporal: tecido em forma quadrangular sobre o qual se depõem o cálice com vinho e a patena com a hóstia.
Hóstia: pedaço de pão não fermentado, usado para a celebração eucarística, para a comunhão do padre.
Manustérgio: toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, após lavá-las durante a missa.
Pala: cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice
Patena: pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a celebração da missa.
Partícula: pequeno pedaço de pão sem fermento, em geral de forma circular, que o padre consagra para a comunhão dos fiéis.
Sanguinho ou purificatório: tecido retangular com o qual o sacerdote, depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.
Teça: pequeno estojo, geralmente de metal, em que se leva a eucaristia aos enfermos. É usada também na celebração eucarística para conter as partículas.
Círio Pascal: vela grande que é benzida e solenemente introduzida na igreja no inicio da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do altar. O círio permanece aceso durante as ações litúrgicas do tempo pascal (até a festa de pentecostes). Na nossa comunidade e em muitos lugares costuma-se colocar o círio, fora do tempo pascal, junto a fonte batismal, acendendo-o em cada celebração batismal. O círio pascal aceso simboliza o Cristo ressuscitado.
Incenso: resina aromática extraída de várias plantas, para se colocar sobre brasas nas celebrações.
Luneta: peça circular do ostensório onde se coloca a hóstia consagrada para a exposição do Santíssimo.
Naveta: pequeno vaso onde se transporta o incenso nas ações litúrgicas.
Ostensório: objeto no qual se mostra aos fiéis a hóstia consagrada na solene exposição do Santíssimo.
Turíbulo: vaso utilizado para as incensações durante a celebração.
Galhetas: Recipiente que contém água e vinho para o momento eucarístico.


formação para os coroinhas no 29/03/2010 feita pelo Diácono, que compareseram os coroinhas das comunidade de São Francisco, Santa Edwiges e N. S. das Graças.

ASS: Berg